MEDIÇÃO DE TEMPERATURA COM TERMOPAR
de junta quente ou junta de medição. A outra extremidade dos fios é levada ao instrumento de
medição de f.e.m. (força eletromotriz), fechando um circuito elétrico por onde flui a corrente.
O ponto no qual os fios que formam o Termopar conectam-se ao instrumento de medição é chamado de junta
ou de referência.
O aquecimento da junção de dois metais gera o aparecimento de uma f.e.m. Esse princípio,
conhecido por efeito Seebeck, propiciou a utilização de Termopares para a medição de
temperatura. Nas aplicações práticas, o Termopar apresenta-se normalmente como na figura acima.
O sinal de f.e.m., gerado pelo gradiente de temperatura (DT) existente entre as juntas quentes e frias, será de
um modo geral indicado, registrado ou transmitido.
EFEITOS TERMOELÉTRICOS
Quando dois metais ou semicondutores dissimilares são conectados e as junções mantidas a diferentes tem-peraturas, quatro fenômenos ocorrem simultaneamente: o efeito Seebeck, o efeito Peltier, o efeito Thomson
e o efeito Volta.
A aplicação científica e tecnológica dos efeitos termoelétricos é muito importante e sua utilização, no futuro,
é cada vez mais promissora. Os estudos das propriedades termoelétricas dos semicondutores e dos metais
levam, na prática, à aplicação dos processos de medições na geração elétrica (bateria solar) e na produção
de calor e frio. O controle de temperatura feito por pares termoelétricos é uma das importantes aplicações
do efeito Seebeck.
Atualmente, busca-se o aproveitamento industrial do efeito Peltier em grande escala, para
obtenção de calor ou frio no processo de climatização ambiente.
EFEITO TERMOELÉTRICO DE SEEBECK
circulação de corrente enquanto existir uma diferença de temperatura DT entre as suas junções. Denominamos
a junta de medição de T, e a outra, junta de referência de Tr. A existência de uma f.e.m. térmica AB, no circuito,
é conhecida como efeito Seebeck. Quando a temperatura da junta de referência é mantida constante, verifica-se que a f.e.m. térmica é uma função da temperatura T da junção de teste. Este fato permite utilizar um par
termoelétrico como um termômetro.
O efeito Seebeck se produz pelo fato de que os elétrons livres de um metal diferem de um condutor para o
outro e dependem da temperatura. Quando dois condutores diferentes são conectados para formar duas
junções e estas são mantidas a diferentes temperaturas, a difusão dos elétrons, nas junções, produz-se a
ritmos diferentes
EFEITO TERMOELÉTRICO DE PELTIER
Em 1834, Peltier descobriu que, dado um par termoelétrico, com ambas as junções à mes-
ma temperatura, se, mediante uma bateria exterior, produz-se uma corrente no Termopar, as
temperaturas das junções variam em uma quantidade não inteiramente devida ao efeito Joule. Esta variação
adicional de temperatura é o efeito Peltier. O efeito Peltier produz-se tanto pela corrente proporcionada por
uma bateria exterior, como pelo próprio par termoelétrico.
temperatura da outra junção. O calor Peltier é reversível. Quando se inverte o sentido da corrente, permane
cendo constante o seu valor, o calor Peltier é o mesmo, porém em sentido oposto.
EFEITO TERMOELÉTRICO DE THOMSON
ao longo dos fios metálicos de um par termoelétrico, que não transporta corrente, origina uma
distribuição uniforme de temperatura em cada fio.
Quando existe corrente, modifica-se em cada fio a distribuição de temperatura, em uma
quantidade não inteiramente devida ao efeito Joule. Essa variação adicional na distribuição da temperatura
denomina-se efeito Thomson.
O efeito Thomson depende do metal de que é feito o fio e da temperatura média da pequena região considera-da. Em certos metais, há absorção de calor quando uma corrente elétrica flui da parte fria para a parte quente
do metal, e há geração de calor quando se inverte o sentido da corrente. Em outros metais, ocorre o oposto
deste efeito, isto é, há liberação de calor quando uma corrente elétrica flui da parte quente para a parte fria do
metal. Conclui-se que, com a circulação de corrente ao longo de um fio condutor, a distribuição de temperatura
neste condutor será modificada, tanto pelo calor dissipado por efeito Joule, como pelo efeito Thomson.
EFEITO TERMOELÉTRICO DE VOLTA
A experiência de Peltier pode ser explicada por meio do efeito Volta, cujo enunciado é: “Quando dois metais
estão em contato em equilíbrio térmico e elétrico, existe entre eles uma diferença de potencial que pode ser
da ordem de Volts”.
Essa diferença de potencial depende da temperatura e não pode ser medida diretamente.
LEIS TERMOELÉTRICAS
Da descoberta dos efeitos termoelétricos partiu-se, por meio da aplicação dos princípios da termodinâmica,
Termopares. Portanto, fundamentados nesses efeitos e nessas leis, podemos compreender todos os fenômenos que ocorrem na medida de temperatura, com estes sensores.
à enunciação das três leis que constituem a base da teoria termoelétrica, nas medições de temperatura, com
Termopares. Portanto, fundamentados nesses efeitos e nessas leis, podemos compreender todos os fenômenos que ocorrem na medida de temperatura, com estes sensores.
LEI DO CIRCUITO HOMOGÊNEO
“A f.e.m. termal, desenvolvida em um circuito termoelétrico de dois metais diferentes, com suas
junções às temperaturas T1 e T2, é independente do gradiente de temperatura e de sua
d i s t r i b u i ç ã o a o l o n g o d o s f i o s ” . E m o u t r a s p a l a v r a s , a f. e . m . m e d i d a d e p e n d e ú n i c a e
exclusivamente da composição química dos dois metais e das temperaturas existentes nas junções.
Um exemplo de aplicação prática desta lei é que podemos ter uma grande variação de temperatura em um
ponto qualquer, ao longo dos fios dos Termopares, que esta não influirá na f.e.m. produzida pela diferença
de temperatura entre as juntas. Portanto, podem-se fazer medidas de temperatura em pontos bem definidos
com os Termopares, pois o importante é a diferença de temperatura entre as juntas.
I like the graphical representation of the thermocouple here. Keep up the good work. Will get back soon for more information.
ResponderExcluir